Isabela Francisco

Entre algo mora uma existência contida

Que existência é essa?
O que existe ao redor que está sempre a espreitar, a sugerir uma presença, marcante ou não?
O que importa é que está ali,
a percorrer caminhos, a desvendar momentos inusitados…
A roda da vida vibra e se estraçalha muitas vezes em muros vestidos de camuflagem.
Essa efervescência diária é um desafio cortante e desgastante.
É faca que desce e quase encosta na fronte, que pede perdão e continua a tentar driblar a indecisão crescente do dia a dia…
não adianta tentar esconder o que não pode ser enterrado!
Iluminando a parte recolhida e submersa, somos capazes de vislumbrar o algo a mais que se esconde entre as pedras dos pensamentos. Iluminar esse meio é como desvendar o fim, mas e o medo de se deixar transparecer?
De revelar aquilo que se tem como trunfo?
Aquilo com que se pode driblar o mundo?
Tudo gira , conspira, expira , inspira, para poder renascer na essência dessa existência prestes a explodir e ser revelada…

Isabela Francisco

Conheça mais do trabalho da Isabela aqui!

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Between something lives a contained existence

What is this existence?
What is there around that is always peeking, suggesting a presence, outstanding or not?
What matters is that it is there,
walking paths, unraveling unusual moments …
The wheel of life vibrates and shatters many times on walls dressed in camouflage.
This daily effervescence is a cutting and exhausting challenge.
It is a knife that descends and almost touches the forehead, which asks for forgiveness and continues to try to avoid the growing indecision of everyday life …
there is no use trying to hide what cannot be buried!
By illuminating the recessed and submerged part, we are able to glimpse the something that is hidden among the stones of thoughts. Illuminating this middle is like unraveling the end, but what about the fear of letting yourself be seen?
To reveal what you have as an asset?
What can you dribble the world?
Everything spins, conspires, expires, inspires, so that you can be reborn in the essence of that existence about to explode and be revealed …